Coisas da cidade

Publicado em 29/10/2022 21h23 - Atualizado há um ano - de leitura

 De vez em quando eu aproveito este espaço para dar dicas de livros ou filmes, mas sem o propósito de tornar isto frequente. O leitor quer variedade de assuntos. Mas, para minha surpresa, venho recebendo comentários de quem aprecia estas sugestões. Um deles chegou a dizer: “Recortei tua coluna da última sexta-feira, e já estou procurando o livro que indicaste”.

É um belo retorno saber que leitores buscam algo além da leitura imediata. Significa que nem tudo está perdido.

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Com relação à ponte em Porto Xavier e ao aeroporto em Santo Ângelo, outro leitor fez um comentário no mínimo interessante: “Os dois fatos representam duas derrotas para Santa Rosa e para suas lideranças, não é mesmo? A região das Missões nos atropelou”.

Pois também estou com esta impressão.

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Tempos atrás alguém propôs uma renovação nas placas urba­nas de Santa Rosa. Estou me referindo às placas de orientação no trânsito, e especialmente aquelas que servem ao visitante, chamadas de “orientação de destino”. Pois vagando pela cidade e suas imediações, concordei que a ideia é boa e necessária. Há escassez de orientação.

Então lembrei de um amigo que já trabalhou nisso, e que explicou que para a tarefa temos de ter o “olhar do estrangeiro”. Fiquei por alguns momentos sem entender o que ele queria dizer, mas depois tudo ficou claro. É como se você estivesse chegando a uma cidade pela primeira vez, como um “estrangeiro”. Precisa receber a correta informação de como chegar ao centro da cidade, ao bairro “X”, à Prefeitura, ao hospital, etc. As setas das placas devem orientá-lo acerca das vias de tráfego a serem tomadas. Não parece difícil. O que não se pode é pensar como um morador da cidade, que já conhece os caminhos.

É preciso, pois, ter o “olhar do estrangeiro”. Não deixa de ser uma expressão poética.

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O deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL) costumava circular por Santa Rosa quando foi repórter da TV Cruz Alta, lá pelos idos de 1979. Dias atrás mostrou mais uma vez sua face de fanático de direita, ao dizer que os estudantes universitários deveriam ser “queimados vivos”. A repercussão foi grande em Santa Maria, justamente porque trouxe à memória de todos os acontecimentos da Boate Kiss.

É algo paralelo ao episódio do Roberto Jefferson (PTB), que tentou matar agentes da Polícia Federal. Neste caso, devemos lamentar também o que vem acontecendo com o velho PTB, que já foi sigla com representação e protagonismo aqui em Santa Rosa. Hoje, virou uma sigla de aluguel para esse tipo de gente. Triste, no mínimo.

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O nazismo começou com ataques verbais, envolvendo a des­truição do sistema judiciário da Alemanha e de sua Constituição, bem como ao direito à religião. Lá, seus apoiadores tornaram-se gradativamente mais agressivos, nada civilizados. Em pouco tempo, feito uma seita truculenta, a violência se instaurou. E tudo com o envergonhado silêncio de parte da população. Deu no que deu.

É hora de parar para pensar no que está acontecendo por aí...

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