Não é preciso lembrar que a covid-19 causou sofrimento a muita gente. Especialmente a dor da ausência. No meu caso particular, a tristeza mais recente veio com a morte do Odemar Gerhardt, o conhecido “Cor-de-rosa”, músico premiado e que há pouco se aposentara como servidor municipal aqui de Santa Rosa. Além da amizade, em que compartilhamos belos momentos, teremos de lembrar a sua inestimável contribuição ao Musicanto, especialmente ao projeto “Musicanto vai à escola”, que sobreviveu graças ao voluntarismo do Odemar.

Vá em paz, meu amigo.

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A Feira do Livro acontece na próxima semana, em formato experimental. Desta vez será realizada dentro das instalações do Centro de Cultura, em frente à praça da Bandeira. Será uma forma simbólica de dar início à “ocupação” do prédio, cuja conclusão se arrasta há tanto tempo (as pirâmides do Egito foram construídas mais rapidamente, acho eu).

Gostamos da ideia de Feira do Livro realizada na praça, debaixo de lonas e sujeita a intempéries. Parece algo mais acolhedor, mais descontraído. Mas a Feira deste ano, dentro do prédio que já foi a nossa Prefeitura, tem um simbolismo diferente. Esperamos que a população leitora compreenda isto.

É estranho falar em leitura num tempo das telas luminosas e das redes sociais. Pessoas portando um livro estão se tornando raras, e, por isso mesmo, pessoas especiais. São aquelas que não se deixam levar pelo rebanho. Não se iludem com a manada. Buscam o prazer da leitura e acabam cativadas pelo conhecimento. Se você encontrar alguém lendo um livro, seja no banco do ônibus ou no gramado da praça, tenha certeza de que ali está um ser humano com vida interior, com inteligência emocional e curiosidade intelectual. Uma pessoa que merece ser conhecida.

Algum tempo atrás eu estava numa conversa descontraída, cercado por adolescentes, e o papo era sobre relacionamentos. Paquera, namoro, casamento, estas coisas. Eles gostam deste tipo de conversa. E a angústia de todos era saber quem poderia ser uma companhia interessante, como encontrar um amor a ser cultivado. A minha resposta foi simples:

“Não podemos saber qual o futuro de um namoro, mas se a garota (ou o garoto) estiver com um livro nas mãos, você tem 100% de chances de encontrar alguém realmente interessante”.

Todos riram. Mas ficaram pensando seriamente a respeito...

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O tal “terminal de ônibus” é um tema antigo e polêmico na vida da cidade. Alguns anos atrás o município chegou a contratar uma empresa especializada para a realização de um estudo técnico sobre o tráfego da cidade. Entre as conclusões do estudo, uma chamou a atenção. Os técnicos simplesmente disseram que Santa Rosa não necessita de um terminal de ônibus. O fluxo não comporta. Eventual “engarrafamento” não dura mais que minutos. Ou seja, a cidade tem um fluxo de ônibus em que um gargalo ocasional desaparece rapidamente.

No caso atual, discute-se um “terminal” que, na prática, se transformará num “paradão de ônibus”. Um lugar onde os ônibus aguardarão o momento de iniciar seus roteiros. E quem conhece cidades maiores sabe muito bem que estes “paradões” servem mesmo para tornar as cidades mais feias. Afora isto, é um tema que merece  ser exaustivamente debatido. À luz do dia, é claro.