ATUALIZAÇÃO: São 6 ex-prefeitos da região na lista de corrupção por repasses na compra de máquinas
Gestão entre de 2011 e 2015 estão na lista: Tuparendi, Porto Mauá, Independência, Cândido Godói, Porto Vera Cruz e Nova Candelária.
Publicado em 19/04/2024 11h30 - Atualizado há 2 semanas - de leitura
O Jornal Noroeste teve acesso com exclusividade, na manhã desta sexta-feira (19), a lista de ex-prefeitos que, segundo empresários da empresa Mantomac, receberam propina para comprar máquinas. São seis prefeitos de gestões entre 2010 e 2015, de municípios da região, delatados no processo: Tuparendi, Porto Mauá, Independência, Cândido Godói, Porto Vera Cruz e Nova Candelária.
ATUALIZAÇÃO DA MATÉRIA- 23 DE ABRIL DE 2024-LINK
O Ministério Público do RS deve finalizar os processos e denunciar para a Justiça os políticos citados por corrupção. As denúncias estão sendo representadas pelo promotor Manuel Figueiredo Antunes, que atua no 5º Núcleo Regional do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado-GAECO do Ministério Público do RS.
A denúncia partiu de informações repassadas pelos sócios da empresa Mantomac, Vitor Modesti, Pedro Marchi e Valdir Moratelli em acordo de colaboração premiada, na Operação Patrola. Eles afirmaram que entregaram valores em espécie em troca do processo licitatório para venda de uma máquina e peças. Vanice de Matos (MDB), foi a primeira a ser denunciada.
Prefeitos da região citados na lista da Mantomac, entregue ao MP:
Tuparendi: Olavo Pawlac (PP): R$ 25 mil (09/07/2012). No caso de Olavo, o Ministério Público se manifestou após a divulgação de que pediu a extinção da denúncia contra o ex-agente político.
Porto Mauá: Guerino Pedro Pisoni (PTB) R$ 20 mil.
Porto Vera Cruz: Vanice de Matos (MDB) R$ 20 mil. (23/05/2011).
Cândido Godói: Mário Backes (PT) R$ 5 mil. (28/06/2012)
Independência: João Graef (PTB) R$ 3 mil. (09/06/2011)
Nova Candelária: Renato Antônio Muller (PSB): R$ 25 mil. (11/07/2012)
Na macrorregião, ainda está na lista o ex-prefeito de Santo Ângelo, Luiz Valdir Andres (PP) que teria recebido no dia 17/04/2015 dois repasses de R$ 10 mil cada. A defesa do santo-angelense afirmou que não é verdade o fato, e que buscará na Justiça processar os citados pela denúncia infundada.
Contrapondo: Assim que o Noroeste tiver acesso as denúncias na Justiça, dará espaço para todos os citados se pronunciar.
Como acontecia o esquema: Na prática os vendedores visitavam as Prefeituras com o catálogo dos equipamentos, oportunidade em que negociavam o pagamento de vantagens indevidas para a sua aquisição; o vendedor, então, reportava-se a um gerente de vendas buscando autorização para a conclusão do negócio. Os editais licitatórios lançados pelos Municípios eram então direcionados à Mantomac, com a especificação técnica dos equipamentos conforme constava no catálogo previamente alcançado pelo vendedor da empresa. Após, ocorria o pagamento da propina ao agente público, valor que figurava nos documentos contábeis da empresa com o código "Frete 3”.
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