RS registra queda de 11,6% nos homicídios e de 35,7% nos feminicídios em abril
Principais crimes patrimoniais voltaram a quebrar recorde de redução, como os roubos de veículos, com menor número em 20 anos
Publicado em 12/05/2022 14h12 - Atualizado há 2 anos - de leitura
O Rio Grande do Sul teve queda nos registros de homicídios e de feminicídios em abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021. Os latrocínios (roubos com morte), no entanto, tiveram alta, conforme dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado nesta quinta-feira (12).
Em relação aos homicídios, o número de vítimas caiu 11,6% — passando de 129 em abril de 2021 para 114 no mês passado. O resultado, segundo a SSP, atesta a efetividade das ações realizadas após a alta ocorrida em março, em meio à disputa entre facções em Porto Alegre.
Na soma de janeiro a abril, o Estado também registra queda nos assassinatos, de 564 no ano passado para 544 — redução de 3,5%. Tanto no recorte mensal quanto no acumulado, os totais atuais são os menores desde 2006, segundo a SSP.
Para o chefe da Polícia Civil no Estado, delegado Fábio Motta Lopes, a queda é reflexo de um trabalho integrado e intenso das forças de segurança.
De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira, os feminicídios tiveram queda após três meses de alta no Estado. Foram nove mulheres vítimas de assassinato em abril, cinco a menos do que o registrado em igual período do ano passado — o que representa redução de 35,7%.
Apesar de "significativa", na análise da secretaria, a diminuição ainda não foi suficiente para reverter o cenário no acumulado desde janeiro, que ainda contabiliza duas vítimas a mais do que no mesmo período de 2021, passando de 34 para 36 casos.
Entre as vítimas deste tipo de crime, persiste o perfil identificado pelo Mapa dos Feminicídios 2021 da Polícia Civil, que analisou todos os casos ocorridos no ano passado: a maioria das mulheres não tinha registro de ocorrência anterior contra os agressores. Das nove vítimas de abril, apenas uma contava com medida protetiva de urgência vigente.
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