Governo federal prevê reduzir isolamento em cidades com poucos casos de Covid-19
Medida deve valer para cidades em que os casos de Covid-19 não comprometam os leitos do sistema de saúde em mais de 50%, que poderiam reduzir as restrições adotadas em virtude da pandemia.
Publicado em 07/04/2020 09h40 - Atualizado há 4 anos - de leitura
O Ministério da Saúde deve adotar a partir da próxima segunda-feira, 13 de abril, uma flexibilização do isolamento social adotado em virtude da pandemia de Covid-19. A medida deve valer para as cidades brasileiras onde o número de casos confirmados da doença não ultrapasse mais de 50% dos leitos ocupados de seu sistema de saúde.
Conforme a previsão do ministério, as localidades que se encaixarem neste cenário poderão fazer uma transição do distanciamento social (quarentena) para o distanciamento social seletivo, uma modalidade mais flexível. O assunto esteve em pauta na reunião desta segunda entre o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e ministros.
“Tratamos de cenários, como a flexibilização do isolamento, no futuro”, afirmou Mourão ao final da reunião.
Caso a medida seja adotada, os municípios vão poder liberar a circulação da maioria das pessoas e até mesmo a abertura do comércio. Apesar disso, devem ser impostas restrições para apenas alguns grupos, normalmente aqueles com mais riscos de desenvolver a doença. Neste caso, idosos e pessoas com doenças crônicas (diabetes, doenças do coração) ou condições de risco como obesidade e gestação de risco, deverão permanecer em quarentena.
O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde que detalha a medida visa “promover o retorno gradual às atividades laborais com segurança, evitando uma explosão de casos sem que o sistema de saúde local tenha tempo de absorver”. Ainda segundo o boletim, “pessoas abaixo de 60 anos podem circular livremente, se estiverem assintomáticos [sem sintomas]”.
O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, informou a publicação do documento na coletiva realizada pelo ministério na tarde desta segunda, em Brasília.
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