28 de julho é o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais
Durante a pandemia do coronavírus, a testagem para casos suspeitos de hepatite caiu 40%.
Publicado em 28/07/2021 08h30 - Atualizado há 3 anos - de leitura
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Trata-se de uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, elas podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
As hepatites virais dos tipos B e C afetam 325 milhões de pessoas no mundo, inclusive crianças, causando 1,4 milhão mortes por ano no mundo conforme informação do Ministério da Saúde seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada às do HIV e tuberculose.
Trata-se de uma condição que pode ser evitada e tratada – além de ser curável, no caso da hepatite C. Contudo, segundo dados do Ministério da Saúde, mais 80% das pessoas que têm hepatite carecem de serviços de prevenção, testagem e tratamento. Durante a pandemia por coronavírus, a testagem para casos suspeitos de hepatite caiu 40%.
Atualmente, existem testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS para toda a população. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.
Além disso, ainda que a hepatite B não tenha cura, a vacina contra essa infecção é ofertada de maneira universal e gratuita no SUS, nas Unidades Básicas de Saúde.
Já a hepatite C não dispõe de uma vacina que confira proteção. Contudo, há medicamentos que permitem sua cura.
O isolamento e distanciamento social impostos pela pandemia de Covid-19, o medo da população de se expor ao vírus e outros fatores estruturais levaram a uma importante redução na procura pela vacinação em 2020, intensificando um movimento de queda de coberturas verificado no Brasil desde 2020.
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