Nesta quinta-feira, 29, o “direto ao ponto” da rádio Noroeste FM recebeu Gelson Waier, candidato a vice-prefeito pela coligação “Pra frente Santa Rosa” (Republicanos-Democratas-PSD), que tem como companheiro de chapa, Carlos Alberto Benedetti. A entrevista aconteceu durante o programa Noroeste Repórter, conduzido por Zelindo Cancian.

Em sua apresentação Gelson, 36 anos, nascido no Hospital Dom Bosco de Santa Rosa, colocou que morou na zona rural até seus cinco anos de idade. Depois sua família foi residir no Bairro Cruzeiro, sendo que “fiz todo meu estudo em escola pública na Coronel Bráulio de Oliveira, cresci de ‘pé descalço’ brincando no ‘areião’ do Centro Social Urbano, e em determinado momento resolvi escolher uma profissão: acabei fazendo Administração na FEMA, mais tarde Jornalismo na Unijuí e uma pós-graduação na SETREM. Todo mundo me conhece pela RBS TV, onde comecei como repórter cinematográfico e depois acabei virando repórter.” Vislumbrando seu crescimento profissional acabou empreendendo no setor de produtora de foto e video, afirmando que decidiu entrar na política devido ao pai, Enberto, que mostrava-se indignado com a questão política do país. “Ao assistir as notícias na TV ele ficava irritado e eu tentava entender sua indignação. Ele dizia que estavam desviando nosso dinheiro e aí resolvi entrar na política para mostrar que é possível fazer diferente”, conta Weier.

Abordando sobre os desafios para a próxima legislatura destaca demandas com “as estradas no interior, agricultura que não está sendo valorizada como deveria. Na saúde as pessoas ficam mais de um ano esperando para fazer uma cirurgia ou um exame, sendo que até o Ministério Público apontou isso e o executivo teve de fazer um Termo de Ajuste de Conduta – TAC, para reduzir esta espera. Na educação temos propostas como a do Colégio Tiradentes, são várias questões (...). Nas licitações as pessoas nos falam que não conseguem participar porque tem diversos empecilhos (...). As leis hoje são muito engessadas”, define.

A dívida da Prefeitura com o Previrosa é uma grande preocupação. Gelson afirmou que “em um momento de crise eu não vou cruzar os braços, dizer que está tudo ruim e vou parar de trabalhar (...). Ouvi que um candidato disse que quer economizar R$ 10 milhões, cortando 30% dos CC´s (Cargos de Confiança). Quando você quer crescer, você não corta pessoal. Uma empresa quando quer crescer, não demite seus funcionários. Pelo contrário: ela se move para que o trabalho traga mais renda. Então, primeiro: precisamos dar condições para que as empresas trabalhem livremente (...), incentivando, ou pelo menos não atrapalhando os empreendedores”, defendeu. “Para uma prefeitura que recolhe R$ 1,5 bilhão em quatro anos, R$ 10 milhões não é nada! Não se pode cortar quem está trabalhando”.

Quanto a emprego e renda o entrave dos alvarás precisa ser atacado. “Me falaram que temos duas mil empresas que operam sem o alvará definitivo. Por que isso? O que está faltando? Queremos criar um gabinete na Prefeitura de soluções de problemas. Hoje é inadmissível que um empreendedor que queira investir em Santa Rosa fique de três a seis meses para conseguir abrir a sua empresa. Quero ser um solucionador de problemas”, colocou.

Falando sobre sua atuação como vice-prefeito, disse que pode atuar tanto na administração quanto na comunicação. “Hoje, precisamos de uma Prefeitura transparente, aproximar a comunidade do executivo (...). Temos um portal onde é confuso se mexer, precisamos colocar os protocolos para que as pessoas saibam o que está acontecendo, por que um cidadão é atendido antes? As pessoas não sabem quando serão atendidas e aí, para ser atendida, tenho de falar com um vereador. Isso está errado! Essa fila de espera precisa ficar clara”, critica.

Na mobilidade urbana afirmou que há erros de placas e sistemas, por exemplo, que fogem ao Código Brasileiro de Trânsito. “Nós temos muitos acidentes e o poder público tem de estar atento para identificar estes locais e agir. Nós já contatamos com um profissional da área, com conhecimento para atuar e melhorar este setor”.

A questão fundiária foi outro ponto de crítica. “Estranhamente nas últimas duas semanas, muitas pessoas conseguiram regularizar sua situação. Que estranho isso! Eu enxergo como um assistencialismo político (...). Se conseguiram agora, vamos continuar, ano que vem tem de continuar”, pondera.

Finalizando falou ter “uma proposta diferente para Santa Rosa. Diferente de tudo que você já viveu nestes últimos 40 anos na política. Nós queremos quebrar com um sistema viciado... um sistema onde o benefício é para alguns, onde você só consegue fazer alguma coisa se tem um amigo vereador. Nós estamos propondo uma mudança. (...) Estamos indignados... não aguentamos mais ver estes vícios. Sou a favor da família, da igreja, liberal na economia, conservador nos costumes. É isso que o Gelson e o Dr. Benedetti querem fazer”, concluiu.

Confira a íntegra da entrevista com o candidato: