Eleições podem ser adiadas para dezembro
Ministro Barroso diz que o pleito somente deve ser postergado se não for possível realizá-las sem risco à saúde pública.
Publicado em 26/05/2020 09h47 - Atualizado há 4 anos - de leitura
A pandemia de covid-19 deve adiar as eleições municipais para dezembro. A ideia em discussão no Congresso Nacional estipula o dia 6 daquele mês como provável data do primeiro turno e dia 27 do mesmo mês para o segundo turno nas cidades com mais de 200 mil eleitores.
Ao ser empossado presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na segunda-feira, 25, o ministro Luís Roberto Barroso defendeu a conciliação e o diálogo como metas a serem buscadas para se superar a atual crise pela qual o Brasil atravessa. “Precisamos de denominadores comuns e patrióticos. Pontes, e não muros. Diálogo, em vez de confronto. Razão pública no lugar das paixões extremadas”, disse.
Sobre o adiamento das eleições, ele afirma que isso deve ocorrer caso coloque em risco a saúde da população. “As eleições somente devem ser adiadas se não for possível realizá-las sem risco para a saúde pública. O cancelamento das Eleições Municipais, para fazê-las coincidir com as Eleições Nacionais em 2022, não é uma hipótese sequer cogitada”, assegurou.
O calendário alternativo está sendo debatido por deputados e senadores, diante do temor generalizado em Brasília de que as atuais condições de isolamento social impeçam a realização de uma campanha eleitoral nos moldes tradicionais.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou na terça-feira, 19, que um grupo de trabalho unindo parlamentares das duas casas será criado nos próximos dias pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Mesmo com o eventual adiamento da votação, a posse dos futuros prefeitos e vereadores será mantida em 1º de janeiro de 2021. Alguns parlamentares chegaram a sugerir a realização de eleições conjuntas em 2022, concedendo mais dois anos a prefeitos e vereadores, mas não houve adesão significativa à proposta.
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