Segundo MetSul, estiagem deverá ser severa no RS
Modelos meteorológicos apontam que seca, que já se manifesta, pode ser pior que a registrada no início de 2020.
Publicado em 20/10/2020 08h53 - Atualizado há 4 anos - de leitura
O fenômeno La Niña, que está atuando desde agosto no Oceano Pacífico Equatorial, deve impactar o clima na região Sul do Brasil nos próximos meses. O alerta partiu da MetSul Meteorologia, um dos principais institutos geradores de conteúdo deste setor.
Segundo este o fenômeno encontra-se em intensidade moderada, mas nos meses de dezembro e janeiro deve se intensificar, trazendo estiagem para todo o Rio Grande do Sul, principalmente para a faixa oeste. Aliás, nesta região, já há o registro de chuvas abaixo da média – na região de Santa Rosa/RS, Noroeste do RS, a última chuva (cerca de 20mm), ocorreu no dia 14 de setembro.
Para os meteorologistas os modelos estão apresentando cenários preocupantes. Quase todos, inclusive mapas de clima internacionais, mostram que o período da safra de verão 2020/2021 haverá chuva abaixo a muito abaixo da média no Rio Grande do Sul.
A única diferença dá-se na parte Norte, onde habitualmente chover mais no verão devido a latitude e também pela maior proximidade do canal de umidade do Sudeste e do Centro-Oeste do país. Mas no Sul e Oeste do Estado as previsões apontam menos precipitação nos meses de verão.
À MetSul Meteorologia o Sul do Brasil deverá ter mais uma estiagem que pode ser mais severa do que a de 2019/2020. É que não houve recomposição hídrica suficiente durante o ano e, com isso, pode ocorrer perda de produtividade, inclusive com quebra de safra em diferentes localidades, escassez de água para consumo humano e animal com racionamento em alguns municípios, baixa acentuada de níveis de rios e outros mananciais como barragens e açudes, além de risco de fogo em vegetação.
Na Fronteira Noroeste a chuva mais significativa ocorreu em 12 de agosto passado, quando registrou-se 113 milímetros.
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