Economia

Mesmo com dificuldades empresas mantêm atividades

Empreendedores têm dificuldade com os custos elevados como, por exemplo, o dos aluguéis. Setor imobiliário começa a sentir os efeitos da pandemia.

Publicado em 04/06/2020 04h00 - Atualizado há 4 anos - de leitura
De Março a Maio cidade perdeu 50 empresas. Número ainda é positivo, se comparado com o mesmo período de 2019. /Foto: Arquivo JN

Por Jardel Hillesheim

Circulando pelo centro de Santa Rosa nesta semana notamos que pelo menos quatro empresas foram fechadas nos últimos dois meses. Das identificadas, uma lanchonete, duas lojas de roupas e um empreendimento de fotografia e produção de eventos. Mas, conforme a prefeitura, nesse período as baixas estão menores que a média geral do ano passado, o que demonstra que a pandemia ainda não modificou o cenário. 

Em março, abril e maio de 2019 foram encerrados 80 CNPJs e ativados 177. No mesmo período de 2020 foram 50 encerramentos e 179 iniciados. Segundo Euclides Spies, do Balcão do Empreendedor, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento, no ano passado 288 organizações privadas encerraram suas atividades e neste ano a cidade já contabiliza 103. As que permanecem sentem dificuldades para manter seus negócios.

Segundo a empresária Mércia Carlosson, que possui uma rede de lojas na região, o momento é difícil, mas os empreendedores precisam encarar os desafios e manterem-se vivos. “Nós encaramos esse período como se fossemos uma família, não demitimos e nossos colaboradores estão engajados juntos. Estipulamos metas e aproveitamos para inovar, investir em divulgação e superar esta etapa”. Mércia salienta que “os obstáculos são maiores, desde o aluguel que não reduziu, as lojas ficaram fechadas em parte de abril e que agora é trabalhar para recuperar o tempo perdido”.

MERCADO IMOBILIÁRIO

O novo coronavírus também atinge o setor imobiliário. Empresários têm dificuldades para manter seus compromissos, entre eles o aluguel. Segundo a corretora de imóveis Joslaine Werlang Machado, em seu ramo de negócio foram notadas dificuldades inclusive de igrejas. “Temos imóveis alugados para igrejas, são salas amplas e por isso um valor mais expressivo, fazendo com que aumente a dificuldade de pagar”, destacou.

Joslaine salienta que algumas lojas pediram redução para não desocupar a sala. “Alguns locadores aceitaram reduzir de 20%, 30% e até 50% os valores. Já outros mantiveram o fixado e ainda farão o reajuste previsto”.

Além do comércio, os problemas econômicos causados com a pandemia atingem famílias. Inquilinos de apartamentos e casas estão com dificuldades de pagar o aluguel. “Boa parte deles são comerciários e tiveram seus salários reduzidos para não perder o emprego, o que reflete diretamente nos aluguéis e em outros setores”, salienta a corretora. No setor, poucos proprietários aceitaram reduzir seus preços.

Solange Vieira, outra corretora de imóveis, concorda que esse período de pandemia atingiu especialmente o setor imobiliário. Os principais atingidos estão sendo os pequenos empreendedores que, em função de decretos municipal e estadual, tiveram de fechar as portas da sua atividade por alguns dias em março e abril. “Embora não haja determinação legal para obrigar os proprietários a renegociar os contratos e, consequentemente, conceder descontos no aluguel mensal achamos que o bom senso deve ser o principio a ser aplicado neste momento”. 

Solange sugere que se busque o equilíbrio econômico previsto no Código Civil. “Temos que dar especial atenção ao proprietário, que em sua maioria são pessoas idosas que precisam manter suas necessidades básicas de sobrevivência com estas rendas locatícias. Todos terão perdas. O inquilino não pode fazer relação dos seus ganhos atuais com os recebidos no ano passado, para argumentar descontos no seu aluguel. O convencimento tem que se basear em provas contundentes”, concluiu.
 

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