Tontura
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Publicado em 01/07/2020 11h08 - Atualizado há 4 anos - de leitura
A tontura corresponde a sensação errônea de perturbação do equilíbrio corporal (ilusão de movimento ou desorientação espacial). Descrita de forma variável: sensação de que está girando, instabilidade corporal, oscilação dos objetos do campo visual, sensação de afundamento, flutuação, cabeça oca ou pesada.
Há várias doenças otoneurológicas que cursam com tontura e nem toda tontura é labirintite. Labirintite relaciona-se a um processo inflamatório envolvendo o labirinto, um órgão do ouvido interno que inclui nosso aparelho vestibular (sensor de movimento) e também a cóclea, responsável por detectar os sons. Entretanto, a maioria das doenças do labirinto não cursa com inflamação. Labirintopatias de origem metabólicas (alterações nos níveis insulinoglicêmicos e de colesterol) e hormonais (alterações dos níveis de hormônios tireoideanos e ovarianos) são exemplos. A tontura também pode ter causas cardíacas, neurológicas, vasculares e emocionais.
A causa mais comum de doença do labirinto é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), caracterizada por crises de curta duração desencadeada por mudanças de posição da cabeça. Ocorre quando pequenos cristais (fragmentos de otólitos) localizados dentro do labirinto se deslocam e ficam se movendo livremente. O diagnóstico é clínico, feito a partir de manobras realizadas pelo médico assistente. O tratamento é estabelecido com manobras para reposicionamento das partículas de otólitos.
Em geral doenças do labirinto não causam desmaio. Quando após uma tontura, o paciente ficar um período desacordado podemos estar diante de doenças neurológicas e/ou cardiovasculares.
Uma vez que o paciente sinta tontura é muito importante que passe por uma avaliação médica para uma minuciosa investigação diagnóstica e um adequado tratamento.
Por: Talita Lopes Silva - Otorrinolaringologista - Cremers 37016 RQE 32013