Polêmicas do momento
Publicado em 26/04/2021 09h08 - Atualizado há 3 anos - de leitura
A Corsan virou assunto do momento por conta da intenção do governo estadual de privatizá-la. Em 2018, teve lucro líquido de R$ 382 milhões. Em 2019, lucro de R$ 301 milhões. Em 2020, subiu para R$ 1,68 bilhão (parte deste valor é oriundo de ação judicial envolvendo tributos, já ganha, que ainda não entrou no caixa da empresa), o que resulta num lucro líquido já contabilizado de algo em torno de R$ 300 milhões (que vai se transformar em R$ 1,68 bilhão em breve). Estes lucros notáveis vêm sendo obtidos mesmo com obras de investimento, como acontece em Santa Maria e outros municípios da região central.
As desculpas para a privatização envolvem dívidas trabalhistas. “Ah, os funcionários têm muitos privilégios”, dizem. Será? Aceitando que seja verdade, qualquer administrador sabe que isso é coisa fácil de resolver. Mas é motivo para entregar esta mina de ouro? Quanto custará, no futuro, a nossa sagrada água de todos os dias? E sabemos que as tais “dívidas trabalhistas” não serão vendidas. Elas ficarão por conta do Estado, como sempre acontece nas privatizações.
Lembrando que em Uruguaiana a privatização virou um escândalo. Água cara, suja e poluída saindo das torneiras. Uma reportagem da RBS-TV, pouco tempo atrás, mostrou que os moradores evitam até tomar banho com a água que recebem. Deu tudo errado. Prazos não foram cumpridos, investimentos ficaram pela metade, o tratamento da água é ineficaz, e até existem denúncias de que o esgoto da cidade está sendo jogado diretamente no rio Uruguai (de onde, casualmente, é retirada a água que vai para as torneiras!).
Acho que vamos ter que levantar a cortina que encobre este projeto de venda da Corsan. No mínimo, os gaúchos merecem transparência e maiores explicações...
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Pois o IPVA, que pagamos anualmente, virou uma grande confusão. A informação é de que o proprietário do veículo deve imprimir, a partir do site do Denatran, o Certificado de Registro e Licenciamento. É um documento de porte obrigatório, mas agora fica dispensado se o órgão responsável — no momento de uma fiscalização — tiver acesso ao sistema informatizado. Pois bem, alguma coisa está errada nessa encrenca.
Primeiramente, o contribuinte deve se virar para imprimir tal documento, como se todos tivessem a obrigação de estar conectados à internet, ou baixar um aplicativo no seu celular (também não estamos obrigados a ter um celular, certo?).
Segundo, como saber se a fiscalização terá acesso ao sistema informatizado? Estou liberado do porte do documento se a fiscalização tiver acesso ao sistema, veja só! E se a abordagem acontecer num local ermo de uma rodovia estadual ou federal? É a tal regrinha que não tem sentido nenhum, e não vai pegar. Portanto, dê um jeito de imprimir o documento e carregá-lo no seu automóvel, para evitar surpresas.
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A propósito, você já tentou obter e imprimir o CRLV na internet? Prepare-se! Você conseguirá, mas é uma via-crucis...
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Enquanto isso os nossos agricultores não dão descanso às colheitadeiras (e calculam seus lucros com a soja). Algo em torno de 170 mil hectares da região estão sendo percorridos pelas máquinas, com média de 55 sacas colhidas por hectare.
No ano passado a estiagem derrubou a produção, e por isso a previsão para a colheita atual é de que será quase 80% superior à anterior. Teremos soja abarrotando os armazéns. Com o valor elevado, tem agricultor por aí rindo até durante o sono. Isso certamente irá se refletir na economia da região, com mais dinheiro girando por aí. Um alívio, com certeza, nestes tempos difíceis.