Fazendo conjecturas sobre a eleição de 2022

Publicado em 31/07/2021 10h52 - Atualizado há 3 anos - de leitura

Tudo já está girando em torno da eleição presidencial do próximo ano. Com o arranjo sob medida pelo STF, Lula, agora “ficha limpa”, está apto a ser candidato. Já Bolsonaro é candidato com certeza. Fala-se, ainda, em 3ª via, para a qual não vejo espaço. Em um quadro polarizado, os espaços são ocupados pelo atual presidente e pelo ex-presidente ou por alguém que Lula indicar. No entanto, a candidatura de Lula não é uma certeza. Lula - cioso de que eventual derrota comprometeria seu passado eleitoral vitorioso à presidência - é uma incerteza para o pleito de 2022. Quer dizer, a exemplo de 2001, só concorrerá se estiver seguro da vitória. Ocorre que, diferente de 2001, tendo as ruas por termômetro, o ex-presidente tem apoio restrito à tradicional militância representada pelas cúpulas partidárias de esquerda, centrais sindicais, UNE etc.

Sem metodologia científica, fiz a minha pesquisa. Logo, sujeita a chuvas e trovoadas. Afinal, se os órgãos especializados têm errado mais do que acertado, estou autorizado a também errar. Assim, com a companhia de Stephen Kanitz (conferencista, mestre em Administração da Harvard Business School), ao auscultar diferentes setores da sociedade, concluí pela indefinição de Lula, porque 1) o ex-presidente tem rejeição muito superior àquela de 20 anos atrás; 2) os empréstimos através do BNDES a parceiros externos, antes blindados (cláusula secreta), serão pauta de debates; 3) na Lava-Jato, Lula não foi absolvido; apenas os processos foram anulados sem decisão de mérito. Aliás, nem os ministros ativistas políticos Lewandowski, Toffoli, Gilmar, Alexandre etc tiveram a coragem de proclamar Lula inocente. Logo, o Sítio de Atibaia, em nome de laranja, voltará. Já, contra Bolsonaro, candidato certo, despontam 1) a acusação de genocídio no enfrentamento da pandemia; 2) a omissão nas queimadas na Amazônia; 3) a acusação de práticas fascistas na gestão do Estado brasileiro.   

A respeito do financiamento de obras no exterior, via BNDES - que na eleição de 2018 passou ao largo (realizadas pelas empreiteiras Odebrecht, OAS etc, as mesmas da Lava-Jato), com financiamentos avalizados pelo Tesouro Nacional, são os seguintes países contemplados por Lula/Dilma: Angola, US$ 3.272 bilhões; Argentina, US$ 2.006 bilhões; Costa Rica, US$ 42 milhões; Cuba, US$ 682 milhões (valor apenas destinado ao porto de Mariel); Equador, US$ 684 milhões; Gana, US$ 153 milhões; Guatemala, US$ 167 milhões; Honduras, US$ 59 milhões; México, US$ 89 milhões; Moçambique, US$ 188 milhões; Paraguai, US$ 76 milhões; Peru, US$ 347 milhões; República Dominicana, US$ 1.215 bilhão; Uruguai, US$ 30 milhões; Venezuela, US$ 1.506 bilhão.

De todos os países favorecidos, três nada pagaram, a saber: 1) Venezuela - construção de uma usina, um estaleiro e um metrô; 2) Cuba - modernização do porto de Mariel; e 3) Moçambique - investimento em aeroporto. Os outros países, embora inadimplentes, parte pagaram. São bilhões de reais que o Tesouro Nacional (leia-se nós, contribuintes), como avalista, pagou ao BNDES. A propósito, como o Brasil não tinha interesse algum em investir nos países referidos antes, a única explicação é o alinhamento ideológico. Portanto, quem fez essa generosidade, em prejuízo de necessidades vitais internas, tem contas a prestar. É dinheiro que no Brasil tanto falta à saúde, à segurança etc usado em desvio de finalidade.

Ainda uma palavra sobre a propalada 3ª via, de que falei de passagem antes: no primeiro turno, é certo que vão surgir vários candidatos a presidente - inclusive alguns que estão à procura de um minuto de exposição. Também de passagem falei que 3ª via não tem chance de emplacar. Em verdade, a 3ª via é um discurso que agrada à oposição a Bolsonaro, que vê no atual presidente a barreira mais difícil de ser ultrapassada para alcançar o poder. Ora, os partidos políticos de esquerda e as entidades sindicais tradicionais estão com Lula ou com quem ele indicar. Já a 3ª via apenas fragilizaria o candidato à reeleição. Afastando Bolsonaro do 2º turno, estaria facilitada a pretensão da oposição. Vamos combinar: na cúpula, PT e PSDB são risco da mesma espora.  Por isso que o impeachment do Bolsonaro seria bem-vindo para a oposição e setores que ele como presidente contrariou. Em política, como diz o escritor Percival Puggina, “a ingenuidade não é santa, mas causa de desgraças.”

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