A ditadura que quer ser chamada de revolución

Publicado em 28/07/2021 09h33 - Atualizado há 3 anos - de leitura

A propósito dos protestos contra o governo de Cuba, um poema de Victoria Mata - ex-presa política e testemunha dos crimes da ditadura que impera em seu país faz 62 anos - embora tenha alguns anos continua atual: Hoy el tempo há transcurrido, mas de cuarente y dos años!/ Aquel rosal se seco, las flores se han marchitado/ Los métodos son distintos, las cosas se han refinado/ Siguem los fusilamientos, estan los mismos cossacos/ El terror lo abarca a todo y el muro vuelve a ser blanco!!!/ Porque antes del paredón, antes de ser fuzilados, Le sacan toda la sangre, a todos los condenados!!!

Sabe aqueles 6LDs (liberdades de ir e vir, de expressão, de oposição, de organização partidária, de culto e de orientação sexual), em Cuba há décadas foram banidos. A maioria cubana sequer sabe que existe uma liberdade (1LD) como direito inalienável, muito menos seis. Importante lembrar que Fidel Castro, posando de democrata, derrubou uma ditadura, a de Fulgêncio Batista, para implantar outra, com uma diferença: decretou uma ditadura sangrenta. O que causa espanto é que no Brasil, pessoas que também se dizem democratas, silenciam ante a repressão aos manifestantes contra a ditadura mais longeva do ocidente, quando não, apoiam a repressão governamental. 

Estudantes, intelectuais etc, no caso, nem postulam as seis liberdades; postulam remédio e comida. Nos hospitais, intubados com Covid morrem com os apagões de energia elétrica, enquanto a falta remédio derruba a falácia da excelência da medicina da ilha. É que, como não há liberdade de expressão, só é veiculado para Cuba e mídia ativista externa aquilo que o PC permite. Mesmo assim, Lula, Dilma, Tarso Genro, entre outros, adoram o regime cubano. Os dois ex-presidentes financiaram o Porto de Mariel - via BNDES (construído pela Odebrecht), com o aval do Tesouro Nacional - US$ 682 milhões, que Cuba não pagou, sobrando a conta para o avalista. Já o ex-governador, ao assumir o governo do RS, hasteou a bandeira de Cuba na sacada do Palácio Piratini.   

Em Cuba, agora, uma dona de casa, de bebê no colo, filmou a polícia entrando à força na casa dela, baleando seu marido e levando-o para onde ninguém sabe. Uma youtuber foi retirada de frente das câmeras quando dava uma entrevista, e levada pela polícia. Há registros de mortos, baleados, feridos e de presos com paradeiros ignorados. No Brasil, no entanto, os defensores dos direitos humanos silenciam. Passados 62 anos de governo nas mãos do mesmo grupo, sem eleições democráticas, o povo cubano cansou da falta de tudo e da repressão ostensiva ou dissimulada. A respeito, enquanto durou a ditadura soviética, Cuba teve ajuda; depois de 1989, afundou. Liberdade, os cubanos não têm. Pior, calcula-se - pois, como acontece nas ditaduras, não há transparência - que 17 mil foram fuzilados no paredón. Aliás, Cuba vem cumprindo o que disse Che Guevara, na ONU, quando ministro de Fidel Castro: “Fuzilamentos, sim! Fuzilamos, estamos fuzilando e seguiremos fuzilando até que seja necessário.” 

Os cubanos sofrem as agruras geradas pela utopia que impera no país, exceto para sua cúpula diretiva. As elites cubanas sabem que a ditadura que sustentam, e que as sustentam, está caindo do podre. Logo, se houver uma virada - o que não é fácil porque o povo está desarmado - perderão os privilégios. Para o presidente do Conselho do Estado de Cuba, “as ruas são da revolução!” Eu sabia que eram do povo. O art. 5º da Constituição, diz: “O Partido Comunista de Cuba, único, martiano, fidelista, marxista e leninista, vanguarda organizada da nação cubana, sustentado em seu caráter democrático (sic) e permanente vinculação com o povo, é a força política dirigente superior da sociedade e do Estado”. Esse é o regime venerado por Lula e outros. Ah, outra informação: em Cuba, quem decide o que o povo deve ou não ler é o governo.   

Por fim, lembro a adesão ao Mais Médicos: o Brasil, quando Dilma presidente, passou a enviar bilhões para Cuba, sendo que os mais de 15.000 médicos cubanos que trabalhavam no Brasil tinham seus salários confiscados (75%), e quem caísse em suspeição de abandonar o programa, pedir asilo ou fugir era devolvido para Cuba. 

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